terça-feira, maio 30, 2006

Paris Report 6






Chez Bob

Mais uma volta por Paris, desta vez nos suburbios. Mais concretamente num bar argelino situado a uns bons kms do centro de Paris, em “Marie d’Ivry”.
Tudo começou durante a tarde em que o Nuno Ferreira quis ir jantar a um bar argelino e ouvir Rai. Eu não fiquei muito entusiasmado, confesso. Mas pronto, também não ia dizer que não, sempre seria uma experiência diferente! Quando fomos ao hotel ao fim da tarde, o Nuno, com o seu tique de jornalista, meteu conversa com a Sabrina (uma das recepcionistas do hotel e por sinal hiper simpatica) a perguntar por um bar argelino e onde se pudesse ouvir musica. Ela achou um piadão 2 tugas quererem ir para um sitio desses. Ela falou num bar na periferia de Paris. Dissemos-lhe que queriamos la ir.... ela ligou para uma certa pessoa a dizer para receber bem 2 rapazitos tugas (assim já íamos referenciados ehehe) e chamámos um taxi.
Depois de um passeio pelo trânsito caótico de Paris lá chegámos a Ivry e ao tal bar. “Chez Bob” assim se chamava (o Bob era o dono). Até o taxista comentou: vcs pediram-me para vos trazer aqui?! Não me senti muito seguro, mas assim que chegámos à porta do bar essa desconfiança desapareceu. Esse bar mais parecia uma tasca lol. Uma decoração “sui generis” com vinis pendurados na parede e posters de pop stars argelinas. O Bob foi simpático e até nos apresentou um Português castiço. Acabámos popr ouvir Rai apesar de o artista da noite não ter sido dos melhores, mas esforçou-se!
Saimos de lá por volta da meia noite, andámos perdidos pelas ruas á procura de um taxi e assim que conseguimos fomos de novo para o Quartier Latin para mais copos. Ufa!



quinta-feira, maio 25, 2006

Paris Report 5







Champs-Élysées
Mais um percurso pelas ruas de Paris, desta vez pelos famosíssimos Campos Elísios. Muito resumidamente é “apenas” uma rua com alguns km e onde se concentram quer de um lado quer de outro lojas, hoteis luxuosos, cinemas, restaurantes, explanadas... com algum glamour à mistura. Esta rua liga a Praça da Concórida ao Arco do Triunfo (Praça Charles de Gaulle). Por baixo do Arco do Triunfo está o túmulo do soldado desconhecido da 1ª guerra mundial.
Descendo os Campos Elísios encontra-se de tudo um pouco, muita gente bonita que gosta de ver e ser vista, turistas, alguns mendigos e policias de 50 em 50 metros com metrelhadoras (tentei fotografá-los mas dois deles vieram ter comigo e disseram-me educadamente para não os fotografar).
A nível de lojas... a maioria sao de roupa e de acessórios de moda. Tem a maior loja Louis Vuitton do mundo, assim como as lojas de discos Fnac e Virgin... fui lá dentro ver mas o preços eram proibitivos e nao vi la nada diferente do que cá há.
Uma curiosidade: o valor do metro quadrado neste sitio é dos mais caros do mundo!




terça-feira, maio 23, 2006

Paris Report 4






O Quartier Latin é onde se situa uma das maiores zonas de diversão nocturna de Paris. É um local onde as lojas de discos em segunda mão, alfarrabistas e restaurantes (franceses, italianos, gregos, tailandeses, etc) se misturam. A animação aqui começa logo pela hora do jantar com imensas pessoas (turistas principalmente) a invadirem as ruas e tudo o que são explanadas. Aqui, o melhor a fazer caso se queira comer algo é ir para os arredores do bairro e arranjar um sitio mais calmo e mais barato. Depois os bares é que são porreiros: a maioria fecha por volta das 6am e há bares para todos os gostos e com várias sonoridades.
No nosso caso fomos ao “Caveau de la Huchette”. Um bar de jazz com música ao vivo todas as noites. No piso térreo era o bar propriamente dito, mas bastava descer depois umas escadas e parecia que entrávamos numa masmorra totalmente em pedra com um pequeno palco ao canto onde os músicos se acotovelavam para darem o melhor de si e ao centro a pista de dança com uns sofás de cor garrida a toda a volta. Um dos responsáveis era português com um bigode castiço. Ainda conseguimos assim beber umas cervejas extra (cada uma custava 9 euros). Nesta noite tocava lá uma americano conhecido do Jazz – Gary Wiggins de Detroit (Saxofonista). Adorei. No final ainda deu para trocar dois dedos de conversa com o próprio Gary...
No site deste pode-se ler: Being one of the more colourful characters of the music scene, this Saxman, standing tall at almost 2 meters, keeps the tradition and portrays a striking image people want to see, hear, and enjoy. Dressing good, looking good, sounding good, and feeling good. You really deserve nothing less.






domingo, maio 21, 2006

Paris Report 3






Mesmo em frente à Torre Eiffel, já do outro lado do rio e depois de termos atravessado a ponte d’Lena, fica o Trocadero.É uma espécie de “jardim” com escadarias que fazem um belo patamar com vista sobre o rio e sobre a Torre Eiffel! Aqui encontra-se muita gente espojada na relva, nomeadamente grupos de amigos, malta a estudar com os dossiers espalhados, casalinhos a namorar e a fazer sei lá mais o quê, pessoas a passearem os bobis e os tarecos, enfim é um ambiente agradável de se ver. Mais acima, na parte das escadarias o que se vê mais são os turistas a sacarem fotos e a apreciarem a vista.
Perto das escadarias vimos alguma malta nova a fazer saltos de patins em linha e a dancar break dance, mas o que me saltou à vista foi ver 2 rapazitos e uma miuda com tshirts da selecção nacional e do Benfica. Foi um bom pretexto para me ir sentar ao pé deles e dar uns dedos de conversa. Eles são filhos de imigrantes portugueses lá, não têm propriamente uma ligação a Portugal...como os pais. A cena das camisolas é mais uma coisa para marcar a diferença em relação aos outros do grupo, algo que os una... não sei explicar bem. E para falar.. eles falam português mas só muito a custo falavam algumas palavras comigo. Foi uma tarde bem passada lá.... gostei de observar os rituais deles além dos patins – o fumarem, o controlo com as namoradas uns dos outros, as bocas e a camaradagem entre eles... brancos e negros. Fez-me lembrar quando estudei no liceu de Queluz, os mesmos rituais....




quinta-feira, maio 18, 2006

Paris Report 2






Mais um episódio:
Desta vez vou falar do monumento mais emblemático da cidade, a Torre Eiffel. Provávelmente é capaz de ser o monumento mais fotografado do mundo e dos mais visitados. Sei que se formam loooongas filas para subir lá acima (aquilo tem 3 pisos e escolhe-se o que se quer – se se for ao último pode-se parar nos anteriores). O último custa 11 euros. Quando chguei aos pés da torre (onde se compram os tickets e se vai de elevador) havia um placard electronico que dizia algo do género: “waiting time to go on top: aprox 20 min” Uau.... fui logo para a fila com o Nuno e esperámos pacientemente a nossa vez. Ao nosso lado estava um casal simpatico de brazileiros com a sua filha... foi fixe para falar um bocado em português com outras pessoas. Também me apareceu pela frente uma cigana que andava a ler a sina ao pessoal: pergunta-me: “do you speak english?” e eu: “No!”, e ela: “My ass!!!” foi a risada geral entre nós!
Pagámos os 11 euros da praxe e metemo-nos no elevador.. fomos primeiro ao segundo piso e logo aí ficámos sem respiração só de ver a vista. Como estávamos com sede aproveitámos para beber algo refrescante (nao me perguntem o preço das cervejas sff)... É neste piso que também se situa o famosíssimo restaurante “Julio Verne”... deve-se pagar alguns 300 euros (assim por alto) um casal...
Demos 3 voltas (literalmente) e depois fomos até ao último piso. È sempre emocionante estar no cimo da Torre Eiffel, por muito que se lá vá nunca se fica farto. Esta foi a minha primeira vez, da proxima quero lá voltar à noite, pois também deve ser espectacular (a torre fecha por volta da meia noite).
Aqui no cimo da torre assisti a uma cena engraçada: um rapaz a pedir em casamento a namorada! Com todas as pessoas e turistas à volta a servirem de testemunhas.... claro que ela disse “YES” lavada em lágrimas. So faltava aparecer um padre e casá-los logo ali!
Também não me vou esquecer da dona Rosa, uma portuguesa que trabalhava lá em cima como empregada e começou a falar conosco. Estava já a viver em Paris há 40 anos e era natural de Santo Tirso. Claro que tirei uma foto com ela.
Também não posso deixar de falar dos magotes de estudantes (excursões) lá em cima. E americanas? Bolas, eram resmas e em grupos.... sempre simpáticas e a rirem! “Where you come from?” “We come from Phoenix, Arizona, and you?”, “Well, i come from Portugal!”, “Portugal?! Uau!!!”… “You know where it is?”, “Well, not really!” Ahahaha…. A geografia não era o forte das raparigas.
Temos depois a vista: não se consegue saber onde começa e onde acaba a cidade: Lisboa parece quase uma aldeia!!! E como Paris fica num local relativamente plano tem-se uma boa perspectiva para onde quer que olhemos. A torre a sul é a torre Montparnasse, de escritórios, construida nos anos 70: é o edificio mais alto de Paris (também já foi da europa).
A norte, vê-se o trocadero (proximo report), e ao longe os arranha-céus de “La Defense” – a zona mais moderna da cidade com escritórios, hoteis, shoppings, etc.
Foi muito a custo que nos metemos de novo no elevador e saímos da Torre Eiffel, dava vontade de a trazer para cá e espetá-la no meu quintal! Lol
Não deixem de ver também o Blog "Estradas Perdidas" para uma outra visão desta trip a Paris: www.estradasperdidas.blogspot.com/