quarta-feira, outubro 25, 2006

O Tio Bruce em Madrid - 19 de Outubro





No passado dia 19 de Outubro Bruce Springsteen deu mais um concerto na cidade de Madrid, inserido na 2ª parte da tournée europeia em promoçaõ ao disco “The Seeger Sessions”
Deixo-vos aqui a crónica escrita pelo meu amigo Renato Silva (que no passado mês de Maio se deslocou comigo e mais amigos a Paris para ver o Boss).

Confusão na Entrada

Cheguei à praça de touros de las Ventas (onde seria o concerto) ainda não eram 13h00. Havia apenas um pequeno grupo de pessoas junto às
bilheteiras e pensei que a organização tivesse posto à
venda bilhetes de última hora (por vezes fazem isso
para evitar a candonga). Nas portas não estava
ninguem, mas como estava chuva e frio não estranhei e fui
almoçar. Quando voltei já eram umas 15h00 e vi uns
fans com uns números na mão. Foi aí que percebi tudo:
O grupo de pessoas nas bilheteiras tinha o nome numa
lista por ordem de chegada. Fui lá dar o meu nome e
fiquei com o número 259. Foi aí que vi outro amigo meu, o Lourenço, que
já tinha o número 200 e pouco. Ficámos na
conversa e demos uma entrevista para um jornal
espanhol. Às 17h00 íam ordenar as pessoas por número
na porta principal. Como em 2003 em Madrid e em Milão
também houve listas semelhantes que acabaram por não
ser respeitadas. Antes das 17h00 fui para a porta da
entrada que tinha meia-duzia de pessoas sem número.
Claro que deu confusão. Às 17h00 os que não tinham
número não quiseram sair dali e os organizadores da
lista queriam tirar de lá as pessoas. Juntei-me logo
aos que não tinham número para formar um movimento
anti-lista, pois se as coisas continuassem assim
seríamos os primeiros a entrar. Os pró-lista chamaram
a policia para nos tirar de lá e esta disse nada poder
fazer e que teriamos que ser nós a entendermo-nos. As
coisas começaram a ficar mais acesas com alguns
empurrões e eu decidi sair dali, os espanhois que se
entendessem. Olhei à volta à procura do Lourenço, não
o encontrei e fui para outra porta que não tinha
ninguém. Resultado, quando as portas abriram fui dos
primeiros a entrar e consegui ficar na segunda fila em
frente ao Bruce.

O concerto

Fenomenal, como não podia deixar de ser. Começou com
uma corneta ao estilo de tourada e o público fazia
"olé". Até que o Boss vai ao microfone e dá o seu
grito de guerra "One, Two..." e arranca com “John
Henry”. Seguem-se “Old Dan Tucker” e uma versão excelente
de “Atlantic City”. Um começo bastante energético. Bruce
disse, entre outras coisas, que a praça de touros era
muito bonita desde que não deixassem entrar os touros.
Também explicou que a Paty não estava presente porque
teve que ficar em casa com os "babies" visto que eles
agora andam no liceu e não podem ficar sozinhos em
casa. Tocou 3 músicas do Devils and Dust (All The Way
Home, Devils and Dust e Long Time Coming) todas elas
muito boas. Tal como em Paris, “Open All Night” não
deixou ninguém sentado, esta versão encaixa lindamente
nestes concertos. Durante “Pay Me My Money Down” houve
palhaçada com o tocador de tuba. Ficou só ele em palco
a tocar e o Bruce que já tinha saído voltou e pôs-se a
olhar fixamente para ele como quem diz "Já estás a
exagerar", o tuba estendeu a mão para o cumprimentar e
o Bruce só lhe faz sinal para sair dali. O encore foi
de chorar por mais. “My city of Ruins”, “You Can Look”,
“When The Saints” e, para deixar o publico de rastos
“This Little Light of Mine” (uma canção bastante
electrizante) e “American Land” com todos aos saltos e a
cantar. Uma grande festa. O final perfeito. Quando o
Bruce saiu ninguém quis arredar pé, mesmo depois de
acenderem as luzes. Só quando começaram a desligar os
fios é que o público começou a sair.
Já cá fora fui entrevistado para o canal de TV
TeleMadrid que ficaram todos entusiasmados por eu ter
vindo de Lisboa de propósito só para assistir ao
concerto.

1 comentário:

Rita Pereira disse...

Oi Miguel!

Grande aventura! Ah ganda tio Bruce :)

Tudo bem contigo? Não te tenho visto no síio do costume, no fim da calçada. Vê lá se apareces.

Beijinho,

Serei(a)